De volta às origens...
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- Categoria: a história do vinho
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Mas será que não tem ninguém na contramão desse movimento?
Sim, tem. E certamente não é uma exclusividade da indústria do vinho, não. É um sinal dos nossos tempos. Não é à toa que alguns autores referem-se à pós-modernidade como “a época das incertezas”.
Voltando ao vinho... A produção de vinhos artesanais, aos moldes do que faziam nossos antepassados, tem atraído os interesses de muitos enólogos.
E algumas iniciativas interessantes são tomadas, por esses profissionais buscando um pouco de volta às nossas origens...
Por exemplo, em alguns casos, o vinhedo volta a ser mais importante que a vinícola, passando a ser o ponto central de atenção do enólogo. E, é no cultivo da vinha que esse profissional busca aprimorar o produto final, o vinho.
A vinificação em lagares, com a pisa das uvas, é um outro exemplo do resgate de métodos utilizados no passado, que podemos destacar, principalmente entre produtores portugueses.
Em relação às cepas, tem sido interessante observar o movimento de alguns produtores, retomando o cultivo de castas esquecidas, ou nativas de suas regiões, num claro resgate de cultura e história.
Por fim, e provavelmente o mais pitoresco dos exemplos de volta às origens do vinho, é o uso de ânforas, recipientes cerâmicos tipo jarros ou vasos de argila, que eram utilizados no passado, sobretudo, para o armazenamento e o transporte de líquidos, especialmente o vinho.
E por que alguns produtores recorrem a esses expedientes, e tentam fazer o vinho da maneira mais natural possível?
Talvez para fugir da padronização evidente causada pela globalização? Talvez por pura e simples nostalgia? Talvez para despertar a nossa curiosidade?
Independente de qual desses objetivos os motiva, eles atingem resultados bastante positivos e interessantes...
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